O bolo de Reis tem sempre um presente e uma fava. Acredita-se na lenda que quem tirar o presente (a moeda nesse caso) diz que terá um ano prospero e quem tira a fava é o próximo a fazer o bolo de Reis no ano seguinte. Segue a baixo nossa receita de BOLO DE REIS.
Ingredientes
- ¾ xícara (chá) de açúcar;
- 1 xícara (chá) de manteiga;
- 4 ovos;
- 1 ½ xícaras (chá) de farinha de trigo;
- 1 colher (sobremesa) de fermento em pó;
- ½ xícara (chá) de vinho do porto;
- 1 maçã verde;
- ½ xícara (chá) de cereja;
- ½ xícara (chá) de ameixa preta;
- ½ xícara (chá) de uvas passas;
- ½ xícara (chá) de nozes picadas;
- ½ xícara (chá) de frutas cristalizadas.
- 1 MOEDA (Lave-a bem antes de colocar no bolo)
- 1 FAVA
PASSO A PASSO
- Em um recipiente coloque as ameixas, as uvas passas, as nozes, as frutas cristalizadas, as cerejas picadas, a maçã e o vinho do porto. Reserve no vinho por aproximadamente 2 horas para umedecer as frutas. Em um recipiente coloque o açúcar e a manteiga. Misture. Adicione os ovos e mexa. Acrescente a farinha e bata com auxílio de uma colher até obter uma massa lisa. Agregue as frutas reservadas e o fermento em pó. Coloque em uma assadeira redonda, untada e polvilhada. Coloque uma moeda de um lado do bolo e a fava do outro lado. Leve ao forno pré-aquecido 180°C por 30 a 35 minutos. A seguir, retire do forno e regue com o glacê. Decore com frutas secas.
- GLACÊ: Coloque o açúcar em um recipiente e adicione o leite aos poucos. Mexa até adquirir consistência desejada.
- DICA: Se desejar, coloque gotas de limão no glacê.
Sirva o bolo com um café quentinho.
A simbologia, a lenda e a real história que envolvem o bolo-rei
Ainda na base do imaginário, também a fava tem a sua “explicação”. Reza a lenda que, quando os Reis Magos viram a estrela que anunciava o nascimento de Jesus, disputaram entre si qual dos três teria a honra de ser o primeiro a brindar o Menino. Com vista a acabar com aquela discussão, um padeiro confeccionou um bolo escondendo no seu interior uma fava. O Rei Mago a quem calhasse a fatia de bolo contendo a fava seria o primeiro a entregar o presente. O dilema ficou solucionado, embora não se saiba se foi Gaspar, Baltazar ou Belchior o feliz contemplado.
Historicamente falando, a versão é bem diferente. Os romanos usavam as favas para a prática inserida nos banquetes das Saturnais, durante os quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também designado Rei da Fava. Este costume terá tido origem num jogo de crianças muito frequente durante aquelas celebrações e que consistia em escolher entre si um rei, tirando-o à sorte com as favas.
Este inocente jogo acabou por ser adaptado pelos adultos, que passaram a fazer uso das favas para votar nas assembleias. Dado aquele jogo infantil ser característico do mês de Dezembro, a Igreja Católica decidiu relacioná-lo com a Natividade e, depois, também com a Epifania (os dias entre 25 de Dezembro e 6 de Janeiro). Esta última data acabou por ser designada pela Igreja como Dia de Reis, altura em que algumas famílias, nomeadamente em Espanha, procuram manter a tradição, não só comendo o bolo-rei como aproveitando a ocasião para distribuir os presentes pelas crianças.
Para além desta, havia uma outra tradição, da qual poucos terão conhecimento, que afirmava que os cristãos deveriam comer 12 bolos-reis, entre o Natal e os Reis, festa que muito cedo começou a ser celebrada na corte dos reis de França. O bolo- -rei terá, aliás, surgido neste país, no tempo de Luís XIV, para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis. Com a Revolução Francesa, em 1789, a iguaria foi proibida, mas, como bom negócio que era, os pasteleiros continuaram a confeccioná-lo sob o nome de gâteau des san-cullottes.
Por cá, depois da proclamação da República, a proibição do bolo- -rei esteve também prestes a acontecer. No entanto, passado esse período negro, a história deste bolo tem sido um sucesso e todas as confeitarias e pastelarias se enchem de clientes para adquirir o rei das iguarias nesta quadra festiva.

